Uma sexta feira qualquer.



Ando pelas ruas e vejo pessoas vagando sem destino algum, às vezes mal humoradas, outras sorrindo, falando ao telefone. A questão é, estamos rodeados de pessoas que nem si quer conhecemos. E todos os dias vimos rostos diferentes, que parecem ser meras copias.
Essa rotina torna-se repetitiva, e cansativa para a mente. Olhamos apenas rostos, mas podemos aprender muito sobre uma determinada pessoa. 

O modo de vestir nos engana, as atitudes, o modo de falar. Mas o olhar nunca nos engana! Você descreve fácil uma pessoa, apenas olhando seu rosto, e nessa rotina cansativa, olhos brancos significam dormir bem.
O trabalho é cansativo, faz sua vida virar uma monotomia, destrói seus sonhos, sua carne, tira sua felicidade, seu tempo e desperta sentimentos estranhos.
Nos finais de semanas, nos destruímos ainda mais, ingerimos bebidas alcoólicas e achamos que estamos criando a felicidade, fumamos e achamos que respiramos a diversão, descontamos nossa raiva em objetos, e despertamos um pouco de loucura.
Mas na segunda feira, voltamos à rotina, tomamos nosso café quente, saímos pelas ruas e temos que ser pessoas normais, sem problemas, com sorrisos. Mas sempre que olhamos no espelho, veremos uma copia. Seremos inúteis tentando ser diferentes visualmente, porque podemos ser enganados, somos corpos iguais, com olhos estranhos, e o pouco tempo que temos, faz com que sejamos ser sempre assim.
Mesmo odiando nossas vidas, ficamos felizes quando chega à sexta feira, nos matamos por dentro, e fingimos estar em uma constante felicidade. Sinto uma ardência em meus olhos, mal consigo abri-los, e tá na hora de desfrutar da minha felicidade, meu prazer, então até mais. Vejo-te na segunda feira...


Autor: Forastero

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